Aldo Rebello lança livro ao lado de Jair Bolsonaro — Foto: Reprodução

Um fato político chamou atenção nesta semana. O alagoano e ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Aldo Rebelo, lançou na quarta-feira, em Brasília, seu mais novo livro: “Amazônia, a Maldição de Tordesilhas”. É a segunda obra literária de Rebelo, que deixou o estado de Alagoas ainda jovem para fazer política em São Paulo.

O que chamou a atenção foi a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi ao local, tirou fotos e recebeu de Aldo Rabelo um exemplar autografado do livro.

Rebelo foi filiado e membro do comitê central do PCdoB até 2017. Foi vereador em São Paulo e deputado federal pelo partido. Foi também três vezes ministro em governos do PT. Atualmente é secretário na gestão do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sendo um dos mais cotados para ser o vice na chapa do atual prefeito, que é candidato a reeleição.

A indicação passa pela aprovação de Jair Bolsonaro, que também é aliado de Nunes. A presença do ex-presidente no lançamento do livro ganhou repercussão nacional e, na opinião de importantes analistas políticos, pode se tornar um importante passo para indicação de Aldo Rabelo para vice-prefeito na maior cidade da América Latina.

 

Aldo Rabelo- Reprodução Poder 360

Ex-ministro da Defesa, o alagoano Aldo Rebelo contesta uma das principais narrativas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT): que seu governo quase sofreu uma tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Para Rebelo, trata-se de uma “fantasia” entoada pelo petista e seus seguidores para manter viva a chama da polarização política e dar tração a uma aliança entre o Executivo e o Judiciário para se contrapor ao Legislativo.

“Faz bem à polarização atribuir ao antigo governo a tentativa de dar um golpe. Criou-se uma fantasia para legitimar esse sentimento que tem norteado a política nos últimos anos. É óbvio que aquela baderna foi um ato irresponsável e precisa de punição exemplar para os envolvidos. Mas atribuir uma tentativa de golpe a aquele bando de baderneiros é uma desmoralização da instituição do golpe de Estado“, disse o ex-ministro em entrevista ao Poder360.

Aldo Rabelo comparou os ataques de 8 de Janeiro ao movimento do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), uma dissidência do MST, que em 6 de junho de 2006 invadiu a Câmara dos Deputados, depredou parte do patrimônio e deixou 24 pessoas feriadas, sendo uma em estado grave.

“Eles levaram um segurança para a UTI, derrubaram um busto do Mario Covas. Eu dei voz de prisão a todos. A policia os recolheu e eu tratei como o que eles de fato eram: baderneiros. Não foi uma tentativa de golpe. E o que houve em 8 de Janeiro é o mesmo“, comparou. Na época, Aldo era o presidente da Câmara dos Deputados.

Segundo ele, a ideia de que Lula e as ações do STF (Supremo Tribunal Federal) salvaram a democracia servem a um outro propósito. Ambos enfrentam dificuldades no Legislativo. Lula teve dificuldade em aprovar pautas de seu interesse em 2023 e viu uma número robusto de vetos serem derrubados. O Judiciário, por outro lado, lida com projetos de lei que visam diminuir o seu poder.

“Atribuir ao STF a responsabilidade de protetor da democracia é dar à Corte uma função que ela não tem nem de forma institucional, nem politica. Isso atende às necessidades do momento. Há uma aliança do Executivo e do Judiciário em contraponto ao Legislativo, onde o Executivo não conseguiu ter maioria. É uma compensação“, afirmou.

Histórico

Aldo Rebelo foi deputado federal por 5 mandatos, presidente da Câmara dos Deputados (2005-2007), e ministro de 4 pastas diferentes nos governos petistas: Coordenação Política (2004-2005), Esporte (2011-2015), Ciência e Tecnologia (2015) e Defesa (2015-2016). Aldo sempre militou na esquerda. Lutou contra a ditadura militar e foi filiado a maior parte de sua carreira política ao PC do B. Nas últimas eleições, concorreu ao Senado pelo Solidariedade.

Em 2015, foi voz ativa contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Era crítico das medidas do STF que, em sua avaliação, permitiram que o processo continuasse até destituir a petista. “Tive sempre uma posição critica com relação à destituição da presidente Dilma, que foi um erro histórico. E contou com o protagonismo importantíssimo do STF“, afirmou.

Hoje, Aldo está longe da política. Seu último cargo foi em 2018, quando assumiu o cargo de secretário-chefe da Casa Civil do governo de Márcio França, em São Paulo.

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