Ataque israelense atingiu prédio residencial no Líbano | Houssam Hariri/UNHCR
Ao menos 21 pessoas morreram e outras oito ficaram feridas em um ataque aéreo israelense no norte do Líbano, na noite de segunda-feira (14). Segundo a Cruz Vermelha Libanesa, o bombardeio atingiu um pequeno prédio de apartamentos em Aitou, uma vila predominantemente cristã longe da linha de fogo entre Israel e Hezbollah.
O ataque foi uma rara ação do exército israelense. Isso porque, desde que intensificou a ofensiva no Líbano contra o Hezbollah, os soldados vêm mirando alvos no sul e leste do país, incluindo Beirute. Eles afirmam concentrar os bombardeios em infraestruturas do grupo extremista, como estoques de armas e pontos de liderança.
A ação foi respondida pelo Hezbollah, que disparou cerca de 115 projéteis contra Israel. A maioria deles, no entanto, foi interceptada pelos sistemas de defesa.
Em meio ao cenário, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu a plena implementação de sua resolução 1701, que foi adotada em 2006 com o objetivo de manter a paz na fronteira entre o Líbano e Israel. “Precisamos de um cessar-fogo que seja sustentado por um processo de paz significativo. Só assim quebraremos o ciclo de violência”, disse Jean Lacroix, chefe das Forças de Paz.
Fumaça sobe após um ataque israelense a uma aldeia perto da cidade de Tiro, no sul do Líbano — Foto: Kawnat HAJU / AFP
O movimento islâmico palestino Hamas disse nesta segunda-feira (30) que seu líder no Líbano foi morto em um ataque aéreo no Sul do país, enquanto a mídia oficial noticiou um bombardeio contra um campo de refugiados palestinos.
"Fatah Sharif Abu al Amine, o líder do Hamas (...) no Líbano e membro da liderança do movimento no exterior foi morto em um bombardeio contra sua casa, na zona rural de Al Bass, Sul do Líbano", disse o Hamas, em um comunicado.
A organização afirmou, ainda, que Abu al Amine morreu junto com sua esposa, filho e filha em um “assassinato terrorista e criminoso”.
A agência oficial libanesa ANI relatou um ataque aéreo no campo, perto da cidade de Tiro, no Sul do país, e disse que foi a “primeira vez” que o local foi atacado.
Desde que a guerra em Gaza entre Israel e o Hamas eclodiu há quase um ano, Tel Aviv tem repetidamente visado líderes do movimento no Líbano nos seus ataques.
Redes Sociais/ Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images
Os gêmeos Asser e Ayssel, um menino e uma menina, com apenas quatro dias de vida, foram mortos durante um ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza- enquanto seu pai, Mohamed Abuel-Qomasan, registrava o nascimento dos filhos no cartório.
O bombardeio, ocorrido na terça-feira (13) também vitimou a mãe das crianças e esposa de Mohamed Abuel e sua sogra, avó materna dos recém-nascidos. Os primeiros filhos do casal nasceram no dia 10 de agosto. Mohamed Abuel-Qomasan tinha ido registrar os bebês em um escritório do governo local localizado em um hospital.
Porém, enquanto estava lá, vizinhos ligaram para dizer que a casa onde ele estava abrigado com a família, perto da cidade central de Deir al-Balah, havia sido bombardeada. Quando voltou com os documentos a família já estava morta.
Segundo o Ministério da Saúde palestino, ao menos 115 recém nascidos foram mortos no território desde o início da guerra entre Israel e Hamas. No total, quase 40 mil pessoas foram mortas em ataques israelenses no território, desde 7 de outubro.
O exército israelense alega que tenta evitar ferir civis palestinos e culpa o Hamas pelas mortes porque os militantes operam em áreas residenciais densas.
Apesar disso, desde 4 de julho, as forças israeleneses já atacaram pelo menos 21 escolas onde palestinos estavam abrigados. De acordo com a ONU, centenas de pessoas morreram na ação, muitas delas crianças. Israel alega que os espaços estavam sendo usados por agentes do Hamas.
A Federação Árabe Palestina do Brasil compartilhou o registro do momento em que o homem retorna ao abrigo.
Redes Sociais/ Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images
Vista da barreira de separação israelense na Cisjordânia Getty Images
Um ataque aéreo israelense a um veículo na Cisjordânia matou um comandante do Hamas neste sábado (3), informou o grupo. Segundo a agência de notícias palestina WAFA, outras quatro pessoas também foram mortas na ofensiva.
Ainda de acordo com a WAFA, “não está clara” qual a identidade dos outros mortos.
O exército israelense afirma que realizou um ataque aéreo contra uma célula militante ao redor da cidade de Tulkarm, na Cisjordânia.
A mídia do Hamas disse que um veículo que transportava combatentes foi atingido e que um dos comandantes de suas brigadas Tulkarm foi morto.
A violência na Cisjordânia já estava grande antes da guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza começar, em 7 de outubro, e aumentou desde então, com frequentes ataques israelenses no território, que está entre aqueles que os palestinos buscam para um estado.
Palestinos inspecionam danos no Hospital Al Shifa após retirada das forças israelenses, na Cidade de Gaza
REUTERS/Dawoud Abu Alkas
Um ataque aéreo israelense a um prédio residencial no campo de refugiados de Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza, matou 14 pessoas na noite de terça-feira (9), de acordo com o Dr. Khalil Al-Dikran, porta-voz do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa.
Ele disse à CNN que a maioria dos mortos eram mulheres e crianças e que cerca de 30 pessoas ficaram gravemente feridas. A informação também foi confirmada pela Defesa Civil em Gaza, comandada pelo Hamas.
A CNN entrou em contato com as Forças de Defesa de Israel para comentar.
Em um vídeo publicado nas mídias sociais, várias crianças são vistas sendo levadas às pressas para o hospital, onde os médicos as examinam no chão – seus corpos empoeirados e cobertos de sangue. Outro vídeo mostra os corpos descobertos de três crianças mortas ao lado de outros corpos envoltos em cobertores.
“Nosso hospital é muito catastrófico, pois está à beira do colapso, nossa área de recepção está cheia de feridos e as pessoas estão no chão, e tentamos fazer a triagem em tendas fora da entrada do hospital, mas lá também está cheio de pessoas feridas, e a capacidade já está além de 100% da capacidade, bem como a falta de todos os suprimentos médicos e medicamentos e anestésicos”, o médico disse à CNN.
O ataque aconteceu na última noite antes do Eid al-Fitr, um dos feriados mais importantes do calendário islâmico, marcando o fim do Ramadã.