Alfredo Gaspar- Assessoria

O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar, anunciou que vai pedir a prisão preventiva de Milton Cavalo, presidente do Sindnapi, após novas evidências apontarem o envolvimento da entidade em um esquema que desviou mais de R$ 600 milhões de aposentados e pensionistas brasileiros.

O parlamentar destacou que há indícios de pagamento de R$ 210 milhões do Sindnapi à BMG Corretora, com retorno de apenas R$ 24 milhões, e cobrou explicações sobre o tipo de serviço contratado e os reais beneficiários dessas operações.

Alfredo Gaspar também apontou o pagamento de quase R$ 16 milhões ao Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e outro de R$ 600 mil a uma funcionária pública de Senador Canedo (GO), questionando a origem e a justificativa desses repasses.

Além disso, chamou atenção o crescimento repentino de mais de 100 mil filiações ao Sindnapi entre 2023 e 2024, feitas em bloco, mesmo havendo uma instrução normativa que proíbe esse tipo de filiação coletiva. O relator questionou quem, dentro do INSS ou do Ministério da Previdência, autorizou o procedimento, classificando o caso como um possível “milagre administrativo” que precisa ser esclarecido.

Ele lembrou que foi graças à pressão e ao trabalho da CPMI que Careca e Camisotti foram presos, a Advocacia-Geral da União bloqueou bens dos envolvidos e que agora o Sindnapi está sendo desmascarado. “Hoje, depois de um ano de silêncio e proteção, finalmente a polícia bateu à porta do Sindnapi. Coincidência? Não. É resultado do nosso trabalho!”, afirmou o relator.

Alfredo Gaspar reiterou que as investigações não vão parar e que outros nomes ainda serão alcançados pelas medidas da CPMI.

“Vamos até o fim. Irei pedir a prisão preventiva de Milton Cavallo e, em breve, de mais envolvidos. Porque quem rouba aposentado não merece proteção, merece cadeia!”, concluiu.