Presidente colombiano, Gustavo Petro, durante assinatura do projeto de lei | Divulgação/governo da Colômbia

A Colômbia entrou oficialmente na lista de países onde as touradas são proibidas. O presidente Gustavo Petro assinou o projeto “No Más Olé”, que foi aprovado em decisão histórica no Congresso em maio, após meses de debates. Na data, o texto recebeu apoio de 93 parlamentares, com apenas dois votos contra.

"Não podemos dizer ao mundo que matar seres vivos e sencientes para entretenimento é cultura. Esse tipo de cultura também nos levaria a matar seres humanos para entretenimento, porque também somos animais”, disse Petro.

Segundo o presidente, a lei será implementada gradualmente, até 2027. Inicialmente, serão identificadas as pessoas que trabalham com touradas para, assim, poder ligá-las a um processo de reconversão profissional. Posteriormente, será realizada a transformação de todas as praças de touradas em espaços culturais e esportivos.

O destino dos touros de luta, por sua vez, será discutido com o governo. Juntos, os funcionários das touradas e as autoridades deverão identificar quantos animais existem no país e quem são os seus proprietários. Uma alternativa promovida por organismos internacionais é a transferência dos touros para santuários ou adoção.

Após a implementação total da lei, Petro prevê organizar um plano pedagógico nas escolas e universidades que incentive o cuidado, a proteção e o respeito aos direitos dos animais. "Devemos mudar nossa mentalidade e respeitar a vida em geral", disse ele.

Agora, apenas sete países permitem as touradas: Espanha, França, Portugal, México, Venezuela, Equador e Peru. Alguns governos municipais e regionais desses países, no entanto, impuseram proibições locais. É o caso da Cidade do México, que vem atendendo o pedidos de defensores dos direitos dos animais para proibir a atividade temporariamente.