Gilvan da Federal- crédito: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
O Conselho de Ética e Decoro da Câmara dos Deputados decidiu, nesta terça-feira (6/5), suspender cautelarmente o mandato do deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES). A decisão, que acompanhou o entendimento do parlamentar relator Ricardo Maia (MDB-BA), teve 15 votos favoráveis ao afastamento e quatro contrários.
Os fatos que motivaram a decisão ocorreram durante uma reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado em 29 de abril. Segundo a representação, Gilvan "quebrou o decoro ao proferir manifestações gravemente ofensivas".
As ofensas foram direcionadas principalmente à deputada licenciada Gleisi Hoffmann, que atualmente exerce o cargo de ministra de Relações Institucionais da Presidência da República. Na mesma ocasião, Gilvan também se envolveu em discussão com o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ).
Em sua defesa perante o Conselho, Gilvan da Federal declarou que, caso afastado temporariamente, sairia "de cabeça erguida". Ele afirmou que jamais responderá a processo de corrupção e lavagem de dinheiro e que voltará "mais forte do que nunca", continuando o "bom combate" de forma diferente.
Na noite anterior à decisão do Conselho, Gilvan compareceu ao plenário da Câmara para pedir desculpas a quem "se sentiu ofendido" e prometeu mudar de comportamento. Ele se comprometeu a, mesmo sendo atacado ou provocado, comunicar o fato à Mesa Diretora em vez de reagir da mesma forma.
Com o afastamento cautelar, o atual vice-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Júnior Correa (Novo), que foi suplente pelo PL em 2022, pode assumir temporariamente a vaga de Gilvan da Federal na Câmara.