Feijoada envenenada: serial killer de Guarulhos é suspeita de matar 4 pessoas

Por: Rádio Sampaio com Metrópoles
 / Publicado em 09/10/2025

Reprodução Redes Sociais

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Apontada pelo juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo como uma “verdadeira serial killer”, Ana Paula Veloso Fernandes, de 36 anos, é acusada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) de matar quatro pessoas, em situações diferentes, com o uso de veneno. Ela está presa preventivamente desde 4 de setembro.

Entre as vítimas de Ana Paula, está o aposentado Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, que morreu após comer uma feijoada supostamente envenenada em abril, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Segundo investigação do 1º DP de Guarulhos, a morte teria sido encomendada pela filha da vítima, Michele Paiva da Silva, de 42 anos, que foi presa na terça-feira (7/10) por envolvimento no crime.

Além de ser acusada da morte do aposentado, Ana Paula teria cometido mais três assassinatos: dois em Guarulhos e um em São Paulo. O delegado Halisson Leite, que investiga a conexão entre as quatro mortes, está no Rio de Janeiro para acompanhar a exumação do corpo de Neil. O policial também classificou a acusada como uma serial killer.

Na decisão judicial que determinou a prisão de Ana, obtida pelo Metrópoles, foi reconhecida a “conexão instrumental” entre os assassinatos, justificando a concentração da investigação dos casos na delegacia da Grande São Paulo.

As primeiras vítimas envenenadas

Denúncia do Ministério Público de São Paulo  obtida pelo Metrópoles aponta que todos os homicídios dos quais Ana Paula é suspeita foram praticados com o uso de veneno ou drogas de natureza semelhante ao “chumbinho”. A substância, que é ilegal e costuma ser usada para matar ratos, foi encontrada na residência dela, em Guarulhos.

A primeira vítima, Marcelo Hari Fonseca, foi morta em janeiro de 2025, na mesma cidade. A motivação do crime, segundo documentos judiciais, foi a intenção de Ana Paula se apoderar de modo exclusivo da residência da vítima, que a conheceu e permitiu que ela morasse no imóvel. Ana envenenou os alimentos de Marcelo, segundo a denúncia.

Maria Aparecida Rodrigues foi a segunda pessoa cuja morte é atribuída a Ana. O homicídio ocorreu entre 10 e 11 de abril, também em Guarulhos. Nesse caso, o motivo foi a intenção de incriminar falsamente a testemunha Diego Sakaguchi, um antigo amante de Ana Paula, que havia rompido o relacionamento. Ana se aproveitou da amizade com Maria Aparecida para introduzir a substância letal em seus alimentos.

Os crimes prosseguiram com Neil Correa da Silva, vítima de homicídio em Duque de Caxias. O assassinato ocorreu em razão de “promessa de recompensa” dada por Michele Paiva da Silva, de quem Ana Paula era amiga, como mostram as investigações da Polícia Civil de São Paulo.
Ana Paula, então, viajou ao Rio de Janeiro e, aproveitando-se da proximidade que tinha com a filha da vítima, inseriu em uma feijoada o mesmo veneno por ela costumeiramente utilizado. O MPSP solicitou a continuidade das investigações, separadamente, para apontar a precisa identificação e individualização da conduta de Michele no assassinato do pai.
Por fim, Hayder Mhazres foi morto na capital paulista em maio. A motivação para o crime, conforme indica a denúncia, foi a intenção de obter dinheiro. Ana Paula alegou falsamente estar grávida de Hayder e, após ele se recusar a casar, ela o envenenou de modo semelhante aos demais. Em seguida, passou a exigir ser reconhecida como “herdeira” dos familiares da vítima.

Todos os homicídios são qualificados pelo uso de veneno, por dificultar a defesa da vítima e pelo fato de Ana Paula dissimular suas intenções homicidas, valendo-se das relações de amizade ou afeto com as vítimas para se aproximar e executar seus planos, afirma a Justiça.

“Conduta manipuladora”

Embora os homicídios tenham ocorrido em três cidades diferentes, o juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo determinou que os quatro crimes sejam investigados e processados em Guarulhos, pelo fato de haver conexão instrumental e probatória entre eles, além do fato de dois deles terem ocorrido no município paulista.

A defesa de Ana Paula de Michele não foi encontrada pelo Metrópoles. O espaço segue aberto para manifestações.

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