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A Polícia Civil de Alagoas abriu um inquérito para investigar dois episódios de violência envolvendo torcidas organizadas registrados na noite desta segunda-feira (13), em Maceió. Os casos aconteceram nas proximidades do Estádio Rei Pelé, no bairro Trapiche da Barra, e, pouco depois, no bairro Jacintinho.

O delegado Bruno Tavares, responsável pelo caso, afirmou, em entrevista à TVPajuçara que apesar de se tratarem de ocorrências distintas, os episódios serão investigados em um único inquérito policial, devido à conexão entre os envolvidos e à motivação semelhante dos crimes.

Ainda segundo o investigador, a confusão começou ainda durante uma partida de futebol, em uma briga generalizada entre torcedores de organizadas que apoiam o mesmo clube.

“Infelizmente, foi registrada mais uma vez a ocorrência de confronto entre torcidas organizadas que apoiam ou deveriam apoiar o mesmo clube. O tumulto generalizado exigiu a intervenção da Polícia Militar para garantir a ordem pública”, disse o delegado.

Logo após a confusão nas imediações do estádio, outro ato de violência entre torcedores foi registrado no bairro Jacintinho, o que reforça a conexão entre os eventos. A Polícia Civil trabalha agora para identificar e responsabilizar os envolvidos.

“A Polícia Civil vai demonstrar a ligação entre esses dois eventos e reforçar a investigação para responsabilizar indivíduos que se dirigem ao estádio, escondidos na figura de torcedor, mas com o propósito exclusivo de provocar tumulto e incitar violência”, ressaltou Tavares.

Identificação dos envolvidos

Segundo Bruno Tavares, o Estádio Rei Pelé possui sistema de monitoramento por câmeras e reconhecimento facial, o que já está sendo utilizado para identificar os autores das agressões. Além disso, as torcidas organizadas possuem um cadastro de integrantes, conforme Termo de Ajuste de Conduta firmado com o Ministério Público de Alagoas, o que deve facilitar o trabalho da polícia.

“Com base nesses elementos, vamos buscar a identificação e responsabilização dos autores e apresentá-los ao Judiciário e ao Ministério Público. Esperamos também que, com isso, consigamos pedir a proibição do acesso desses falsos torcedores aos estádios”, explicou.

A população também pode colaborar com as investigações, com informações que podem ser repassadas de forma anônima através do Disque Denúncia, pelo número 181.

“Se você conhece algum dos envolvidos — seja do meio familiar ou social — pode denunciá-los. As imagens estão disponíveis e essa colaboração é fundamental”, reforçou o delegado.

A investigação agora segue com o depoimento de testemunhas, análise de imagens e contato com os diretores das torcidas organizadas, que serão chamados a colaborar com a identificação dos agressores.