Bloqueio inicial de R$ 31,3 bilhões no Orçamento deste ano é o maior em 5 anos; Cidades, Defesa e Saúde foram os mais afetados

Por: Rádio Sampaio com G1
 / Publicado em 02/06/2025

Coletiva de imprensa em que ministros anunciam o bloqueio de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025 e elevação do IOF para bater meta fiscal — Foto: Diogo Zacarias/MF

O bloqueio inicial de R$ 31,3 bilhões em gastos no Orçamento de 2025, anunciado pela equipe econômica - em conjunto com o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sobre empréstimos e remessas ao exterior — foi o maior valor absoluto em cinco anos.

Os números constam nos relatórios de receitas e despesas dos orçamentos anuais.

Sem a alta do IOF, a necessidade de limitação de valores pode ser maior ainda neste ano. Isso porque a arrecadação prevista para este ano já considera a elevação do tributo - que vem sendo contestada na Câmara.

Nesta segunda-feira (2), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu alterar novamente o IOF, e citou a possibilidade de correção de distorções em tributos de bancos.

Os dados mostram que o bloqueio/contingenciamento de R$ 31,3 bilhões foi o mais alto desde 2020 — logo no início da pandemia da Covid-19, quando ainda não havia estimativa dos valores que seriam gastos para enfrentar a crise de saúde pública. Naquele ano, R$ 37,5 bilhões foram bloqueados pelo governo Jair Bolsonaro em março por conta do teto de gastos.

Em seguida, entretanto, foi decretada calamidade pública e houve dispensa da exigência de cumprimento dos resultados fiscais e da limitação de gastos. Mais de R$ 500 bilhões foram liberados nos meses subsequentes, a maior parte em auxílio emergencial.

Bloqueio de 2025

Da limitação de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano, detalhado na semana passada:

R$ 7 bilhões em emendas de bancada (RP7)

R$ 24 bilhões em despesas dos ministérios.

Deste total dos R$ 31,3 bilhões:

R$ 10,6 bilhões (1/3) são bloqueios

R$ 20,7 bilhões são contingenciamentos.

As maiores contenções (soma de bloqueio e contingenciamento) foram:

Ministério das Cidades: R$ 4,288 bilhões

Ministério da Defesa: R$ 2,593 bilhões

Ministério da Saúde: R$ 2,366 bilhões

Ministério do Desenvolvimento Social: R$ 2,123 bilhões.

Apesar da publicação do decreto, ainda não está claro quais programas serão afetados diretamente, como o "Minha Casa, Minha Vida" ou o "Farmácia Popular".

Segundo o documento, os órgãos terão até cinco dias úteis (ou seja, até 6 de junho) para indicar quais ações serão objeto de bloqueio ou contingenciamento.

Algumas áreas estratégicas ficarão de fora do corte linear, como é o caso do Ministério da Educação, que teve seu orçamento integralmente preservado.

Já o Ministério da Saúde sofreu um corte de R$ 5,9 bilhões (2,5% do orçamento total da pasta).

Desse total:

R$ 3,6 bilhões são de emendas de bancada (RP7)

R$ 2,3 bilhões são de despesas discricionárias do Executivo.

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