Donald Trump, presidente dos EUA, e Nicolás Maduro, líder do chavismo na Venezuela — Foto: Kevin Lamarque e Manaure Quintero/Reuters
O exército dos Estados Unidos realizou um novo ataque contra uma embarcação no mar do Caribe, próximo à Venezuela, segundo informação divulgada pela agência de notícias Reuters nesta quinta-feira (16), que ouviu uma autoridade norte-americana sob condição de anonimato.
A fonte afirmou que o ataque deixou sobreviventes, mas não detalhou se todos que estavam na embarcação estão vivos ou se alguém morreu. Ainda segundo a autoridade, o barco era usado para o transporte de drogas.
Na última terça (14), os EUA já tinham bombardeado outra embarcação perto da Venezuela. (Veja vídeo abaixo). Segundo o presidente Donald Trump, a embarcação estava sendo usada por "narcoterroristas". Seis pessoas morreram.
"A inteligência confirmou que a embarcação estava traficando narcóticos, estava associada a redes ilícitas de narcoterrorismo e transitava por uma rota conhecida de organização terrorista", publicou em uma rede social.
Desde setembro, os EUA atacaram ao menos cinco barcos que cruzavam águas internacionais na região do Caribe. Ao todo, 27 pessoas morreram.
Embora a Casa Branca alegue que conduz uma operação contra o tráfico de drogas, autoridades afirmaram à imprensa norte-americana que o objetivo final é derrubar o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela.
Atualmente, oito navios militares e um submarino nuclear dos Estados Unidos estão em uma área próxima à costa da venezuelana. Além disso, o governo norte-americano enviou caças para Porto Rico, que também fica no Caribe.
Nesta quinta-feira (16), o secretário de Guerra, Pete Hegseth, confirmou a renúncia do almirante Alvin Holsey, chefe do comando militar responsável pelas operações dos EUA na América Latina.
Segundo o jornal The New York Times, a aposentadoria de Holsey está relacionada a tensões políticas sobre a Venezuela. O almirante teria levantado preocupações sobre os bombardeios que os EUA vêm conduzindo contra barcos que supostamente transportam drogas pelo Caribe.
Esses ataques têm sido alvo de críticas de entidades internacionais. A Human Rights Watch afirmou que os bombardeios violam o direito internacional por se tratar de “execuções extrajudiciais ilegais”. O tema também foi discutido no Conselho de Segurança da ONU.