
Modelo da nova carteira nacional de identidade segue com duas opções de nome para caso de "nome social" e campo "sexo". — Foto: Itep/Divulgação
A nova carteira de Identidade Nacional (CIN) vai manter a distinção entre "nome de registro" e "nome social" e também o campo "sexo". A decisão desagradou as organizações que representam pessoas LGBTQIA+ que se posicionaram contra o que chamam de "recuo do governo federal".
Segundo a secretária política da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) Bruna Benevides, a decisão do governo de manter as duas medidas na carteira de identidade abre brechas para violação de direitos humanos.
“O campo sexo e a manutenção de dois campos de nome, incluindo o nome social e o nome de registro, não cumprem o papel de proteger as pessoas trans e garantir cidadania. Pelo contrário. São meios de produzir e manter violências”, diz Bruna Benevides.
Ela alerta para possíveis represálias como humilhação, tratamentos vexatórios e desproporcionais e também violências diversas. "A gente está falando do Brasil, o país que mais assassina pessoas trans do mundo", diz ela.
