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A bailarina Cintia Mello pediu demissão do Programa do Ratinho, do SBT, após o apresentador da atração fazer uma piada com seu cabelo natural. Por meio de um vídeo no Instagram, postado nesta quinta (18/4), ela explicou a decisão após nove anos no balé e disse que recebeu “olhares hostis de algumas pessoas.”
“Eu decidi me desligar do Programa do Ratinho. Alguns dias atrás eu fui tragada por uma situação que eu não escolhi passar. Fui pega de surpresa para uma brincadeira inoportuna”, iniciou.
Cintia disse não ter entendido o comentário de Ratinho, já que o apresentador costumava elogiar o seu cabelo cacheado. “Por ter liberdade, afinal, são nove anos de convivência, eu resolvi buscar uma conversa”, completou.
A dançarina ainda disse que, durante a conversa, explicou o motivo do comentário sobre seu cabelo não ser saudável, mas acabou sem solução mesmo com o papo amigável:
“Eu tinha esperança de que algo acontecesse. Uma conversa pessoalmente, ou uma nota, ou até um esclarecimento público… porque meu constrangimento foi público. Mas nada aconteceu. E o pior: recebi olhares hostis de algumas pessoas, como se eu tivesse culpa de tudo aquilo que estava acontecendo”, relatou.
“Ali eu percebi que ninguém se importava e que não era mais o meu lugar, pois eu sei muito bem distinguir gratidão de submissão. Recomeços não são fáceis, eu preciso estar forte para cuidar da minha filha. Sigo de cabeça erguida e consciência limpa, porque tentei fazer o que eu achava ser correto”, finalizou.
Durante o seu programa no SBT, o apresentador perguntou à profissional, que é negra e ostenta um black power, se ela estava usando uma peruca. Ratinho também pediu para Milene Uehara, que também comanda a atração, puxar o cabelo de Cíntia para confirmar que realmente não se tratava de uma peruca.
Ratinho
Já o apresentador Ratinho afirmou, por meio de sua assessoria, que não irá se pronunciar sobre o ocorrido. “Ele não concorda com a forma que interpretaram o assunto”, afirmou a equipe do apresentador.
Gilberto Rodrigues sendo preso | Foto: reprodução
A Polícia Civil (PC) do Mato Grosso encontrou Gilberto Rodrigues dos Anjos (32), autor confesso do assassinato de Cleci Calvi Cardoso (46) e suas três filhas, através de marcas deixadas pelo indivíduo no local do crime, como uma pegada de sangue e cabelos encontrados no local, que uma das vítimas teria arrancado dele.
“Nós iniciamos uma série de entrevistas com todas as pessoas e o suspeito entrou em contradição. Descobrimos que ele morava na obra [ao lado da casa das vítimas], ou seja, era uma pessoa conhecida nas redondezas”, disse o delegado Bruno França. “Ele também está com uma falha no cabelo, e considerando que a vítima tinha arrancado muito cabelo do agressor, confrontamos ele com essas informações e ele confessou que era o autor do crime”, continuou o delegado.
Os agentes também verificaram que uma pegada de sangue no local do crime combinava com a sandália de Gilberto.
Com o homem, foi encontrada a calcinha de uma das vítimas.
Gilberto possuía mandados de prisão contra ele, que é foragido das cidades de Mineiros (GO) e Lucas do Rio Verde (MT), pelos crimes de estupro e tentativa de homicídio. O comportamento foi o mesmo da última ocorrência, onde o indivíduo também teria abusado sexualmente das vítimas.
O delegado França chamou o autor do crime de “predador em série” e disse acreditar que o crime foi premeditado, uma vez que morava e trabalhava próximo às vítimas. “A alegação de que ele agiu por influência de drogas não convence a Polícia Civil”, declarou o agente.
O indivíduo precisou ser levado para a penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, em Sinop (MT), devido ao receio das autoridades de que ele sofresse um linchamento na cidade de Sorriso, onde o crime foi cometido.
Foto: Márcio Lima
Na madrugada de hoje (31), por volta da 00h30, um homem identificado como Paulo Júnior Pereira da Silva, conhecido como “Cabelo”, foi morto a tiros dentro de casa, na Vila Nova, em Palmeira dos Índios. A irmã da vítima, que preferiu não ser identificada, concedeu uma entrevista à Rádio Sampaio e falou a respeito do caso.
Segundo a entrevistada, ela e o marido, que moravam com Paulo, estavam dormindo quando escutaram os gritos dos suspeitos, que pediam para que abrissem a porta, alegando ser da polícia. Momentos depois, os indivíduos já haviam entrado na casa e apareceram no quarto da mulher, dizendo que só queriam a vítima. "Eu fiquei calada mais ele [o marido] e ele disse 'olhe, não reajam não, os dois, porque se não eu mato vocês também'", relatou a irmã de Paulo.
A vítima estava dormindo no instante em que os homens invadiram a casa e acordou minutos depois da invasão, mas não conseguiu escapar. Segundo sua irmã, ele já possuía passagem pela polícia e ficou preso por um tempo.
O corpo do homem já foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML).
Ouça a entrevista completa, feita pelo repórter Niraldo Correia, a seguir.
Repórter Niraldo Correia entrevista a irmã da vítima | Foto: Márcio Lima
Manicure Carolaine Correia dos Santos foi morta a tiros na casa de amiga em Penedo — Foto: Arquivo pessoal
A mulher que cortou o cabelo do cadáver da manicure assassinada em Penedo prestou depoimento à polícia e disse que as duas eram amigas de infância. Carolaine Correia dos Santos foi morta por engano no dia 15 de agosto.
A mulher teve acesso ao corpo de Carolaine ao se apresentar como irmã da vítima na funerária e pedir aos funcionários do local para preparar o corpo dela para o velório. Segundo o delegado Rômulo Andrade, a família da vítima confirmou que autorizou a mulher a ir à funerária agilizar a liberação para o sepultamento, mas somente isso.
"Eles relataram que essa mulher realmente esteve na casa da família e se apresentou como amiga e que se ofereceu para ir na funerária agilizar a liberação do corpo. Elas não viram problema nisso. No depoimento, a mulher alegou que é amiga da Carolaine desde a infância e que ficou muito abalada", disse o delegado.
Após cortar o cabelo do cadáver, segundo relatos à polícia, a mulher procurou a mãe da vítima, mostrou que estava com o cabelo e ofereceu para guardar de recordação ou doar para que fosse feito mega hair.
Ainda de acordo com o delegado, a defesa da mulher apresentou laudos médicos que comprovam que ela está recebendo tratamento psiquiátrico. Mesmo assim, a polícia segue com a investigação para confirmar se a no momento em que cometeu o crime de vilipêndio ao cadáver ela tinha consciente.
"A Polícia Civil ainda busca uma motivação lógica para esses atos dela. A gente precisa também ver se ela tinha consciência do que ela estava fazendo, se ela tinha consciência da ilicitude desse ato, se tinha intenção de desrespeitar o cadáver. Tudo isso vai ser apurado no decorrer do inquérito policial", disse o delegado.
Carolaine tinha 26 anos e foi assassinada por engano no dia 15 de agosto, enquanto conversava na porta da casa de uma amiga. A manicure foi atingida por vários tiros quando, na verdade, o alvo dos criminosos era a sua amiga, que tem envolvimento com o tráfico.
Testemunhas disseram que ela percebeu quando três homens desconhecidos se aproximaram e que ainda tentou se salvar.
A Polícia Civil divulgou na semana passada imagens dos três homens que participaram da execução da manicure. Ninguém foi preso.