Ato na Paulista- Foto: Isabella Finholdt/Especial Metrópoles

Os principais alvos dos manifestantes que compareceram à Avenida Paulista neste sábado para o Ato de 7 de Setembro foram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD).

Cartazes com “Fora Alexandre de Moraes” e “Abaixo a Ditadura” foram maioria entre os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que protestam contra a inelegibilidade do ex-presidente e contra a decisão que suspendeu a rede social X no Brasil. Os manifestantes também ergueram placas em defesa do empresário Elon Musk, proprietário da rede social.

Em relação a Rodrigo Pacheco, os cartazes pedem para que ele paute o pedido de impeachment de Moraes no plenário do Senado Federal: “Se não pautar, vamos cassar”.

 

Rede social X está nos últimos momentos no Brasil após decisão de Alexandre de Moraes - Foto: Mauro Pimentel/AFP

Deputados e senadores bolsonaristas utilizam os últimos momentos da rede social X no Brasil para criticar a decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Já os governistas defendem que a lei tem que ser cumprida e criticam Elon Musk. “No Brasil, não cumprir decisão judicial é crime, assim como é crime juiz não cumprir a lei.

E quando juiz ignora a lei para tomar decisão (como fez Alexandre de Moraes) ela é ilegal e não deve ser cumprida (como fez Elon Musk).

As regras de Alexandre não podem continuar valendo mais que as regras do Brasil!”, disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na rede.

Já o deputado federal Mario Frias (PL-SP) usou ironia para repercutir o argumento de Moraes de que a “a terra sem lei” da rede poderia interferir nas eleições municipais.

“O Elon Musk está preocupado com as eleições municipais. Confia”, afirmou ironicamente

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) cobrou uma reação das demais lideranças do país.

“Alexandre de Moraes, ao decidir tirar o X do País, toma a mais torpe, abusiva e anticonstitucional decisão já produzida no Brasil. Os demais ministros e o Congresso Federal não podem se calar, pois se assim o fizerem serão cúmplices deste lastimável episódio da pseudodemocracia”, escreveu.

Do lado governista, o deputado federal André Janones (Avante-MG) postou uma foto na academia como despedida da rede e escreveu que estava entrando constantemente no X para ver se já estava fora do ar.

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) destacou que a lei precisa ser cumprida e chamou Elon Musk de playboy.

“Elon Musk não passa de um playboy mimado, prepotente e arrogante. Ele sim, apaixonado por ditaduras como a de 1964, sonha com nova interferência externa na defesa e soberania de países sul-americanos. A verdade é uma só: não existe censura no Brasil, há desobediência de um empresário estrangeiro às nossas leis. Para ele, a única coisa que importa é dinheiro e poder, custe o que custar”, escreveu.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, também se manifestou.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A possibilidade de o processo de cassação do senador Sérgio Moro (União-PR) ser analisado pelo TSE, sob a presidência dos ministros Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados por Jair Bolsonaro, não assusta lideranças do PT.

A previsão de caciques petistas é de que os dois ministros não serão menos rigorosos com Moro do que seria Alexandre de Moraes, atual presidente do TSE, uma vez que o próprio PL de Bolsonaro é um dos interessados na cassação do ex-juiz.

Apesar da vontade de Bolsonaro de não dar seguimento a ação contra Moro,  após a vitória do senador no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), a cúpula do PL tem dito que pretende recorrer ao TSE.

Junto ao PL de Bolsonaro, o PT é um dos autores do pedido de cassação de Moro. A sigla do presidente Lula, inclusive, também já avisou que, após a decisão da primeira instância da Justiça Eleitoral, vai enviar o caso do ex-juiz para o TSE.

Jair Bolsonaro- reprodução vídeo

O ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para o próximo dia 25 de fevereiro, na Avenida Paulista, já tem presenças confirmadas. Além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministros e parlamentares aliados devem comparecer à manifestação, que foi convocada após Bolsonaro se tornar alvo de uma operação da Polícia Federal (PF)- que investiga o planejamento de um golpe de Estado após as eleições de 2022.

Na ação, realizada no último dia 8, após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o ex-presidente teve o passaporte apreendido.

O pastor evangélico Silas Malafaia é o idealizador do ato e vai alugar um trio elétrico onde o ex-presidente fará um discurso para os apoiadores. Outros organizadores da manifestação são o ex-ministro da Secretaria da Comunicação Social da Presidência (Secom) Fabio Wajngarten e o deputado federal Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS).

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), que foi ministro da Casa Civil na gestão de Bolsonaro, disse que vai comparecer ao evento. Quem também confirmou presença foi o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), que na gestão passada chefiou o Ministério do Meio Ambiente.

Outros dois ex-ministros que agora são senadores estarão presentes: Jorge Seif (PL-SC) e Marcos Pontes (PL-SP). Seif chefiava a Secretaria de Pesca e Aquicultura, enquanto Pontes comandou a Ciência e Tecnologia. O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), que é líder da Oposição na Câmara dos Deputados, é um dos principais aliados que estarão no evento.

Lideranças do partido do ex-presidente no Congresso Nacional também afirmaram que irão para o ato. É o caso do líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ) e do líder no Senado, Carlos Portinho (RJ).

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR) afirmou à reportagem que vai compor a lista de aliados de Bolsonaro na Paulista.

A lista de confirmados inclui também outros parlamentares que integram o núcleo duro do bolsonarismo, como os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP), Marcos Pollon (PL-MS), Pastor Marco Feliciano (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e o senador Magno Malta (PL-ES).

Luciano Hang e Damares Alves serão desfalques.  Governador de Santa Catarina pelo PL de Bolsonaro, Jorginho Mello não vai comparecer ao evento por estar fora do País. Gladson Cameli, governador do Acre pelo Partido Progressista, também estará participando de um evento no Oriente Médio e não poderá ir até a Paulista.

O ex-ministro Onyx Lorenzoni, que ocupou a chefia de quatro pastas entre 2019 e 2022, disse que está fazendo pós-graduação em Portugal e que o período coincide com avaliações e provas do curso, que é presencial, e por isso não poderá vir ao Brasil.

Teve também quem preferiu silenciar. Quando questionado se iria ou não participar do evento, o ex-ministro da Justiça do início do governo Bolsonaro e ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro disse que não vai se manifestar.

 

Em São Paulo, bolsonaristas protestam contra indicação de Dino ao STF — Foto: Reprodução/ X (ex-Twitter)

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro foram às ruas neste domingo (10) para protestar contra a indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), a uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), vaga após a saída da ministra Rosa Weber.

No fim de novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu a indicação de Dino com apoio de ministros da Corte, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. A vaga no STF estava aberta desde o dia 29 de setembro, e só deve ser ocupada após a aprovação do ministro na sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) marcada para 13 de dezembro.

Em São Paulo, na Avenida Paulista, a manifestação ocupou duas vias em torno do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e teve a presença de parlamentares e lideranças de direita. Os discursos tiveram ataques à esquerda, críticas ao que chamaram de abuso de autoridade do Poder Judiciário e pressão para que os senadores, que vão sabatinar Dino nesta semana, votem contrariamente à indicação.

"Senador que vota em comunista vota contra o Brasil e contra a liberdade", dizia uma das faixas penduradas em um carro de som. Bolsonaristas afirmam nos discursos que Dino no Supremo significaria "a legalização do aborto, a censura e a perseguição aos patriotas conservadores", por exemplo.

Ato na capital federal

Em Brasília, o ato na Esplanada dos Ministérios ocorreu pela manhã, sob um sol forte e temperatura ao redor de 30 graus.

Diferentes parlamentares discursaram contra Dino, Lula e a primeira-dama, Janja. Os senadores Jorge Seif (PL-SC), Magno Malta (PL-ES), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Márcio Bittar (União-AC) e os deputados Gustavo Gayer (PL-GO), Delegado Caveira (PL-PA) e Nikolas Ferreira (PL-MG) discursaram num carro de som.

De acordo com PM, ao menos 50 policiais trabalharam na manifestação, formando um cordão para impedir acesso ao Congresso Nacional.

Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

A manifestação na Avenida Paulista realizada neste domingo (26) por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu 13.321, segundo cálculo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) a partir de fotos aéreas tiradas na avenida entre 15h30 e 15h45.

O ato tinha como mote principal a “defesa do Estado democrático de direito” e foi convocado após a morte de Clériston Pereira da Cunha, um dos presos pelos atos de depredação da Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro e que morreu durante um banho de sol na Penitenciária da Papuda, em Brasília, no último dia 20.

O grupo de pesquisa "Monitor do debate político", da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto, analisou três tiradas por drones entre 15h30 e 15h45.

As imagens receberam, cada uma, a aplicação do método chamado Point to Point Network, que identifica as cabeças de pessoas nas imagens repartidas em várias partes, e estima o público total. O método tem erro percentual médio de 12% para mais ou para menos na contagem de público.

A manifestação se concentrou essencialmente em um quarteirão em frente ao Masp e contou com apenas um trio elétrico, onde parlamentares e lideranças religiosas discursaram.

A mesma metodologia foi usada para estimar em 32 mil pessoas o público presente no ato de apoio a Bolsonaro na mesma Avenida Paulista, em 7 de Setembro de 2022, a última grande manifestação em favor do ex-presidente que havia sido realizada no local. Ou seja, em pouco mais de um ano, houve uma redução de mais da metade do público cativo nesse tipo de ato.

Antônio Brito- Reprodução Metrópoles

De olho na sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara, o líder do PSD na Casa, deputado Antônio Brito (BA), vem tentando construir pontes com parte da bancada bolsonarista.

Para ajudá-lo nessa interlocução, Brito escalou o colega de bancada Ismael Alexandrino (PSD-GO), o qual, assim como bolsonaristas, defende na Câmara pautas relacionadas aos CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores).

Presidente da Subcomissão de Tiro Esportivo da Casa, Alexandrino tem sinalizado aos aliados de Jair Bolssonaro que Brito estará aberto a ouvir as demandas relacionadas à pauta armamentista, se eleito presidente da Câmara.

Embora a próxima eleição ao comando da Câmara esteja marccada apenas para fevereiro de 2025, Brito já foi lançado pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, como pré-candidato da sigla a presidente da Casa.

Antônio Brito tem como concorrentes os deputados Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Elmar Nascimento (União-BA). Comenta-se também Isnaldo Bulhões. Líder do MDB, de Alagoas, Isnaldo tem boa interlocução com Lira, mas também agrada ao grupo mais independente de seu partido e agregaria apoio da esquerda.

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