Os principais alvos dos manifestantes que compareceram à Avenida Paulista neste sábado para o Ato de 7 de Setembro foram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD).
Cartazes com “Fora Alexandre de Moraes” e “Abaixo a Ditadura” foram maioria entre os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que protestam contra a inelegibilidade do ex-presidente e contra a decisão que suspendeu a rede social X no Brasil. Os manifestantes também ergueram placas em defesa do empresário Elon Musk, proprietário da rede social.
Em relação a Rodrigo Pacheco, os cartazes pedem para que ele paute o pedido de impeachment de Moraes no plenário do Senado Federal: “Se não pautar, vamos cassar”.
Organizador da manifestação contra Alexandre de Moraes prevista para o 7 de Setembro, em São Paulo, Silas Malafaia prepara a sua mais dura ofensiva voltada ao ministro do STF. De acordo com a coluna do jornalista Paulo Cappelli, do site Metrópoles, será a primeira vez que, em discurso público, o pastor usará o microfone para defender que o magistrado seja preso.
“Não sei o que as outras pessoas que vão discursar vão dizer. Mas eu direi com todas as letras, na manifestação do 7 de Setembro, o que tem que acontecer com o Moraes. Ele tem que ser preso, porque tem sangue nas mãos. O que ele fez com o Clezão [Clériston da Cunha], que morreu na Papuda, foi criminoso”, opinou Malafaia.
“A gente sempre acreditou que havia uma perseguição a bolsonaristas e opositores do governo Lula, mas não tinha como provar. As reportagens da Folha de S.Paulo escancaram uma suspeita que já era de todos”, concluiu o coordenador do protesto, planejado para ocorrer na Avenida Paulista.
Segundo Malafaia, os ataques mais duros partirão dele próprio, do senador Magno Malta e do deputado Nikolas Ferreira. O objetivo dos bolsonaristas é avançar uma casa em relação aos protestos realizados em São Paulo e no Rio de Janeiro, no primeiro semestre deste ano.
A coluna apurou que Bolsonaro ainda modula o tom do discurso que fará. A oposição acredita que novas revelações sobre Moraes poderão vir à tona até o dia da manifestação.
Após a publicação das reportagens pela Folha de S. Paulo, Alexandre de Moraes se pronunciou sobre o assunto.
“Nenhuma das matérias preocupa meu gabinete, me preocupa a lisura dos procedimentos. Todos os procedimentos foram realizados no âmbito de inquéritos já existentes”, disse Moraes, referindo-se aos inquéritos relatados por ele no Supremo. “E, obviamente, seria esquizofrênico, eu, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, me auto-oficiar”, ponderou.
Ao se manifestar sobre o tema, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, saiu em defesa de Alexandre de Moraes. “Na vida, às vezes existem tempestades reais e às vezes existem tempestades fictícias. Acho que estamos diante de uma delas”, disse o magistrado.
O presidente Lula (PT) sancionou o reajuste da tabela do imposto de renda nesta quarta-feira (1º), durante ato do Dia do Trabalho com centrais sindicais na Neoquímica Arena, estádio do Corinthians, na zona leste de São Paulo. O projeto havia sido aprovado pelo Congresso nacionale amplia a isenção do IR a quem ganha até dois salários mínimos, ou seja, R$ 2.824 por mês.
O teto de isenção estava congelado em R$ 1.903,98 desde 2015. Subiu em 2023 para R$ 2.640 mensais, já considerando o desconto automático no salário de pouco mais de R$ 500. Agora, como propôs mais uma vez o governo, chega a R$ 2.824, também incluindo o desconto automático.
"É muito gratificante para um presidente da República, no dia 1º de maio, participar de um ato e olhar no olho de cada trabalhador e trabalhadora e poder dizer pra vocês: esse país vai tratar com muito respeito 203 milhões de homens e mulheres que moram neste país. O imposto de renda eu prometi para vocês que, até o final do meu mandato, até 5 mil as pessoas não pagarão imposto de renda, e a palavra continua em pé. A partir de hoje, quem ganha R$ 2.824 paga zero de imposto de renda e nós vamos chegar a R$ 5 mil "— falou o presidente.
Mesmo que apenas a faixa se isenção seja elevada, todos que pagam IR podem ser beneficiados, pois esse imposto é progressivo. Quem ganha R$ 5 mil, por exemplo, não paga imposto sobre a parcela do salário que corresponde ao teto de isenção. De acordo com o governo, em 2024, a atualização da faixa de isenção do IR beneficiará 15,8 milhões de brasileiros. O Ministério da Fazenda estima uma redução de R$ 3 bilhões em receitas.
A medida prevê o aumento da isenção com dois fatores. A faixa de isenção oficial passa para R$ 2.259,20. O contribuinte com rendimentos de até R$ 2.824,00 mensais será beneficiado com a isenção porque, dessa renda, subtrai-se o desconto simplificado, de R$ 564. O desconto de R$ 564,80 é opcional, ou seja, quem tem direito a descontos maiores pela legislação atual (previdência, dependentes, alimentos) não será afetado.
Ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e de ministros, o presidente elogiou os projetos aprovados pelo Legislativo e minimizou os atritos que vem tendo com a Câmara dos Deputados.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu apoiadores na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (21). Bolsonaro fez um discurso de cerca de 35 minutos, no qual criticou o atual presidente Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, citou Elon Musk como "mito" e um “homem que preserva a liberdade”, e voltou a defender a anistia para os presos pelos atos de 8 de janeiro.
"Quando eu estive com Elon Musk em 2022 começaram a me chamar de 'mito'. Eu falei: 'Não' - aqui, em 2022 - 'temos um mito da liberdade, Elon Musk'", disse, antes de pedir palmas para o bilionário, que tem usado sua rede social, o X (antigo Twitter), para atacar Moraes por suspender da plataforma contas de apoiadores de Bolsonaro.
Eleições
O ex-presidente voltou a falar sobre as eleições de 2022, que perdeu para Lula, mas alegou ter havido fraude nas urnas. Desta vez, disse que "não estava duvidando" e que era uma "página virada".
"O que mais nós queremos é que o Brasil volte à sua normalidade, que possamos disputar eleições sem qualquer suspeição. Afinal de contas, a alma da democracia é uma eleição limpa onde ninguém pode sequer pensar em duvidar dela. Temos problemas hoje em dia. Façamos a coisa certa. Não estou duvidando das eleições, página virada", disse.
O protesto foi convocado por Bolsonaro em meio a investigações das quais é alvo por suspeita de participação numa tentativa de golpe de Estado para permanecer no poder.
O ex-presidente, ex-ministros e assessores e militares são alvos de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga essa tentativa de golpe.
Outros discursos
Além de Bolsonaro, discursaram o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto; a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro; os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano; a cubana nacionalizada brasileira Zoe Martínez; e os deputados federais Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer – que discursou em inglês por um momento.
Em sua fala, Malafaia negou a tentativa de golpe e criticou a investigação. Chamou Moraes de "ditador" e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), de "frouxo, covarde, omisso", e disse que os comandantes militares deveriam renunciar, se "honram a farda que vestem".
Não discursaram
Também participaram, sem discursar, os filhos de Bolsonaro: Carlos (vereador), Eduardo (deputado federal) e Flávio (senador); o deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem; o general Walter Braga Netto; e o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), entre outros.
Deputados federais e senadores da oposição articulam ato em defesa do Impeachement do presidente Lula na próxima semana, no Senado Federal.
A ideia, acertada em reunião na última quarta-feira (21/2), é realizar entrega simbólica do pedido no Senado— oficialmente, o requerimento será protocolado na Câmara.
O acerto entre parlamentares é que apenas deputados assinarão o pedido. O receio é um possível impedimento de senadores da oposição em relatar o processo, caso ele seja aberto.
Diante desse acordo, a entrega simbólica no Senado seria uma maneira de os senadores demonstrarem apoio ao pedido de impeachment de Lula sem se comprometer.
Além disso, o novo ato permitiria retomar o assunto após a manifestação de domingo (25/2) na Avenida Paulista, quando o ex-presidente
De acordo com a legislação, processos de impeachment começam a tramitar pela Câmara. Os deputados, porém, julgam apenas a admissibilidade, cabendo aos senadores julgar o mérito em sessão presidida pelo presidente do STF.
O pedido de impeachement já tem mais de 130 assinaturas colhidas. Ele tem como base a crise gerada após o presidente comparar a morte de palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto da 2ª Guerra Mundial.
Aliado de Jair Bolsonaro (PL), o deputado Arthur Lira (PP-AL) deve manter uma “distância regulamentar” do ex-presidente Jair Bolsonaro e não deve ir ao ato na avenida Paulista convocado para o dia 25, segundo aliados do presidente da Câmara ouvidos pela CNN.
A leitura no entorno do parlamentar é que o evento poderia causar constrangimentos constitucionais. Procurada, a assessoria de Lira disse que o deputado não se manifestou sobre o evento.
O ex-presidente pediu em uma mensagem gravada em vídeo que os seus apoiadores não levem faixas e cartazes contra o STF, mas a expectativa entre políticos de esquerda e direita é que o evento de desagravo acabe em críticas ao STF, em especial ao ministro Alexandre Moraes.
O ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para o próximo dia 25 de fevereiro, na Avenida Paulista, já tem presenças confirmadas. Além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministros e parlamentares aliados devem comparecer à manifestação, que foi convocada após Bolsonaro se tornar alvo de uma operação da Polícia Federal (PF)- que investiga o planejamento de um golpe de Estado após as eleições de 2022.
Na ação, realizada no último dia 8, após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o ex-presidente teve o passaporte apreendido.
O pastor evangélico Silas Malafaia é o idealizador do ato e vai alugar um trio elétrico onde o ex-presidente fará um discurso para os apoiadores. Outros organizadores da manifestação são o ex-ministro da Secretaria da Comunicação Social da Presidência (Secom) Fabio Wajngarten e o deputado federal Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS).
O senador Ciro Nogueira (PP-PI), que foi ministro da Casa Civil na gestão de Bolsonaro, disse que vai comparecer ao evento. Quem também confirmou presença foi o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), que na gestão passada chefiou o Ministério do Meio Ambiente.
Outros dois ex-ministros que agora são senadores estarão presentes: Jorge Seif (PL-SC) e Marcos Pontes (PL-SP). Seif chefiava a Secretaria de Pesca e Aquicultura, enquanto Pontes comandou a Ciência e Tecnologia. O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), que é líder da Oposição na Câmara dos Deputados, é um dos principais aliados que estarão no evento.
Lideranças do partido do ex-presidente no Congresso Nacional também afirmaram que irão para o ato. É o caso do líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ) e do líder no Senado, Carlos Portinho (RJ).
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR) afirmou à reportagem que vai compor a lista de aliados de Bolsonaro na Paulista.
A lista de confirmados inclui também outros parlamentares que integram o núcleo duro do bolsonarismo, como os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP), Marcos Pollon (PL-MS), Pastor Marco Feliciano (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e o senador Magno Malta (PL-ES).
Luciano Hang e Damares Alves serão desfalques. Governador de Santa Catarina pelo PL de Bolsonaro, Jorginho Mello não vai comparecer ao evento por estar fora do País. Gladson Cameli, governador do Acre pelo Partido Progressista, também estará participando de um evento no Oriente Médio e não poderá ir até a Paulista.
O ex-ministro Onyx Lorenzoni, que ocupou a chefia de quatro pastas entre 2019 e 2022, disse que está fazendo pós-graduação em Portugal e que o período coincide com avaliações e provas do curso, que é presencial, e por isso não poderá vir ao Brasil.
Teve também quem preferiu silenciar. Quando questionado se iria ou não participar do evento, o ex-ministro da Justiça do início do governo Bolsonaro e ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro disse que não vai se manifestar.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou, na segunda-feira (12), um vídeo onde convoca apoiadores para um "ato pacífico em defesa do Estado Democrático de Direito." Conforme a postagem feita em suas redes sociais, a manifestação ocorrerá no último domingo de fevereiro, dia 25, na Avenida Paulista, em São Paulo, às 15h.
Na convocação, Bolsonaro pediu aos militantes que compareçam trajando verde e amarelo, mas sem "qualquer faixa ou cartaz contra quem quer que seja". O ex-presidente disse que vai se defender de todas as acusações que têm sido imputadas à ele nos últimos meses.
A solicitação de Jair Bolsonaro acontece após a operação Tempus Veritatis, deflagrada no último dia 8 pela Polícia Federal e, também, a retirada de sigilo por parte do ministro Alexandre de Moraes do vídeo da reunião ocorrida em julho de 2022. A íntegra do vídeo em que mostra a reunião do então presidente e membros da alta cúpula de seu governo, ocorrida em 5 de julho de 2022. O momento está sendo investigado pela Polícia Federal como parte do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado, após as eleições de 2022.
Veja convocação do ex-presidente:
O presidente Lula anunciou que o Palácio do Planalto organiza um ato para o próximo dia 8 de janeiro, data que marca um ano dos atos golpistas na Praça dos Três Poderes. A ideia do evento é "lembrar ao povo que o golpe foi debelado pela democracia". Segundo ele, todos os 27 governadores e os congressistas serão convidados a participar.
"Pretendo ter todos os governadores, deputados, senadores e empresários para a gente nunca mais deixar as pessoas colocarem em dúvida que o regime democrático é a única coisa que dá certeza de as instituições funcionarem e do povo ter acesso a participar da riqueza que produziu. O restante é balela", frisou o presidente.