Na última terça-feira (2), 13 universitários ficaram feridos após um avião sem piloto atingir um complexo industrial localizado na região de Yelabuga, na república russa do Tartaristão. O alvo da aeronave modificada para uso militar era uma unidade de produção de drones usados pela Rússia nas ações em território ucraniano. O setor de defesa da Ucrânia declarou que o ato foi uma ação do GUR, o serviço de inteligência militar do país.
Ataques com drones ucranianos contra uma refinaria de petróleo em Nizhnekamsk, ainda no Tartaristão, também foram registrados. Contudo, eles foram interceptados antes de atingirem o alvo.
“Esta manhã, empresas da república em Yelabuga e Nizhnekamsk foram atacadas por veículos aéreos não tripulados. Não há danos graves, o processo tecnológico das empresas não é perturbado. Em Yelabuga, infelizmente, há vítimas em consequência da destruição das instalações. Eles recebem toda a ajuda necessária”, informou o governador da região, Rustam Minnikhanov, através do Telegram.
A menos de 300 metros da unidade de produção alvo do ataque, há a Universidade Politécnica de Yelabuga.
O secretário de Imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou as ações ucranianas como “atividade terrorista”. “Nós e os nossos militares, em primeiro lugar, estamos trabalhando para minimizar esta ameaça e, posteriormente, eliminá-la completamente”, declarou.
Os alvos visados por Kiev foram os mais distantes das fronteiras ucranianas.
Kiev regularmente realiza ataques com drones ou sabota fábricas, ferrovias ou refinarias russas. Neste último caso, o objetivo é afetar a produção de combustível e as exportações, que são uma fonte de renda essencial para Moscou.