Luís Roberto Barroso-Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
A declaração do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, de que algumas decisões da Corte teriam atrapalhado o combate à corrupção no Brasil gerou incômodo entre ministros do tribunal, que consideram a fala do colega “despropositada”.
Três ministros ouvidos pelo jornal de forma reservada expressaram desconforto com a manifestação, destacando que a atuação do Supremo é pautada na preservação de valores constitucionais e atende a questionamentos que são levados ao tribunal. Eles lembraram, no entanto, que essas posições do presidente do STF não são inéditas e já foram externadas por ele em outras ocasiões.
A declaração de Barroso foi feita durante um encontro na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro. O ministro mencionou julgamentos contrários a bandeiras da Operação Lava-Jato, em que sua posição saiu derrotada.
“O Supremo anulou o processo contra um dirigente de empresa estatal que tinha desviado alguns milhões porque as alegações finais foram apresentadas pelos réus colaboradores e pelos réus não colaboradores na mesma data, sem que isso tivesse trazido nenhum prejuízo. Também acho que atrapalhou o enfrentamento à corrupção,” disse o ministro, sem citar nomes.
Barroso acrescentou que “houve decisões do Supremo em matéria de enfrentamento à corrupção que não corresponderam à expectativa da sociedade,” mas ressaltou que o fato de discordar não o permite “tratar com desrespeito a posição das pessoas que pensam de maneira diferente.”
O ministro foi um dos principais defensores da Lava-Jato no STF. Entre as decisões consideradas contrárias à operação referenciadas por Barroso estão o fim da prisão em segunda instância e a anulação de sentenças em razão da ordem da fala de delatores no processo.
Barroso também mencionou a submissão do afastamento do então senador Aécio Neves ao Senado. À época, o hoje presidente do STF disse no julgamento que havia indícios “induvidosos” de crimes cometidos por Neves, que foi acusado de corrupção passiva e obstrução da Justiça por pedir e receber R$ 2 milhões da JBS, além de ter atuado no Congresso e junto ao Executivo para embaraçar as investigações da Lava-Jato. A decisão colegiada da Corte, porém, acabou derrubada pelo Senado.
Em sua fala, o presidente do STF também apontou que “a importância de um tribunal não pode ser aferida em pesquisa de opinião pública, porque existem na sociedade interesses conflitantes e sempre haverá queixas e insatisfações”.
Furacão Beryl causa devastação no Complexo de Pesca Bridgetown, em Barbados - (crédito: Randy Brooks / AFP)
Um furacão de categoria 4 atingiu Carriacou, ilha caribenha que fica no território de Granada, nesta segunda-feira (1º/7). O primeiro-ministro de Granada, Dickon Mitchell, decretou estado de emergência no país e nas ilhas Carriacou e Petite Martinique. O aviso está em vigor desde domingo (30/6) e segue por sete dias até segunda ordem.
Houve “relatos generalizados de destruição e devastação em Carriacou e Petite Martinique”, disse o Primeiro-Ministro de Granada, Dickon Mitchell, em uma coletiva de imprensa na segunda-feira. “Em meia hora, Carriacou foi arrasada.”
“Você tem que observar a ferocidade e a força do furacão e, portanto, ainda não estamos fora de perigo”, disse ele.
Pelo menos uma morte foi relatada em São Vicente e Granadinas, no Caribe, onde centenas de casas e prédios foram danificados, anunciou o Primeiro Ministro Ralph Gonsalves na noite de segunda-feira, observando que pode haver mais fatalidades. Partes de São Vicente e Granadinas ficaram sem água ou eletricidade na noite de segunda-feira, disse Gonsalves.
Em Barbados, o furacão Beryl, que agora se afasta da ilha, causou estragos no Complexo de Pesca Bridgetown.
Centro Nacional de Furacões (NHC), dos Estados Unidos, classificou o fenômeno como extremamente perigoso com ventos catastróficos e tempestades com risco de vida.
Um alerta de furacão foi emitido para a Jamaica nas próximas horas. No X, o primeiro-ministro Andrew Holness pediu que todos os jamaicanos “levem o furacão a sério”.
Furacão Beryl causa devastação- (crédito: Randy Brooks / AFP)
Acidente de trem na Índia mata oito pessoas Imagem: Reuters
Pelo menos oito pessoas morreram e 30 ficaram feridas depois que um trem de carga colidiu com um trem de passageiros no leste da Índia- nesta segunda-feira (17), segundo as autoridades locais.
O Expresso Kanchenjunga, que circula entre a cidade de Calcutá e Silchar, no nordeste do estado de Assam, foi atingido por um trem de carga ao sul da cidade de Siliguri, de acordo com o ministro-chefe de Bengala Ocidental, Mamata Banerjee.
As equipes de emergência correram para o local do acidente, que fica ao lado de uma cadeia de montanhas que leva a Darjeeling, um popular destino turístico, famoso por suas plantações de chá e vistas deslumbrantes do Himalaia.
Fotos da mídia local e vídeos da cena mostraram pelo menos um vagão tombado de lado, partes dele esmagadas em uma massa de metal retorcido. Outro carro pode ser visto subindo no ar em um ângulo íngreme acima de uma locomotiva.
Banerjee, o ministro-chefe local, escreveu no X que “médicos, ambulâncias e equipes de desastres foram levados às pressas para o local para resgate, recuperação e assistência médica”.
Donald Trump | Foto: Win McNamee/Getty Images
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, causou indignação na Casa Branca, nos democratas e em líderes de grupos judaicos por dizer que os judeus norte-americanos que votam nos democratas odeiam a religião e Israel.
“Qualquer judeu que vote nos democratas odeia sua religião, odeia tudo sobre Israel e deveria ter vergonha de si mesmo”, disse Trump, que espera derrotar o presidente norte-americano, Joe Biden, um democrata, na eleição de 5 de novembro nos EUA.
“O partido Democrata odeia Israel”, disse ele em entrevista a seu ex-conselheiro Sebastian Gorka, publicada em seu site.
Grupos como a Liga Antidifamação e o Comitê Judaico Americano condenaram os comentários de Trump por vincular a religião à forma como as pessoas poderiam votar.
Solicitada a comentar sobre as falas de Trump, a Casa Branca disse em um comunicado nesta terça-feira: “Não há justificativa para a disseminação de estereótipos falsos e tóxicos que ameaçam os cidadãos”, disse o porta-voz da Casa Branca Andrew Bates, em um comunicado.
Depois que os comentários de Trump foram publicados, o líder da maioria no Senado dos EUA, o democrata Chuck Schumer, escreveu na plataforma de mídia social X na segunda-feira: “Trump está fazendo declarações altamente partidárias e odiosas. Estou trabalhando de forma bipartidária para garantir que a relação EUA-Israel se mantenha por gerações, impulsionada pela paz no Oriente Médio”.
Na quinta-feira passada, Schumer, a mais alta autoridade judia eleita dos EUA e um apoiador de longa data de Israel, criticou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, como um obstáculo à paz, cinco meses depois de uma guerra em Gaza que começou com ataques a Israel por militantes do Hamas em 7 de outubro.
Biden disse que muitos norte-americanos compartilhavam as preocupações de Schumer. Netanyahu chamou o discurso de Schumer de inapropriado.
O porta-voz do Comitê Nacional Democrata, Alex Floyd, disse em um comunicado na segunda-feira: “os judeus americanos merecem mais do que os ataques ofensivos e terríveis que Trump continua a lançar contra a comunidade judaica”.
A campanha de Trump defendeu seus comentários.