A manifestação na Avenida Paulista realizada neste domingo (26) por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu 13.321, segundo cálculo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) a partir de fotos aéreas tiradas na avenida entre 15h30 e 15h45.
O ato tinha como mote principal a “defesa do Estado democrático de direito” e foi convocado após a morte de Clériston Pereira da Cunha, um dos presos pelos atos de depredação da Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro e que morreu durante um banho de sol na Penitenciária da Papuda, em Brasília, no último dia 20.
O grupo de pesquisa "Monitor do debate político", da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto, analisou três tiradas por drones entre 15h30 e 15h45.
As imagens receberam, cada uma, a aplicação do método chamado Point to Point Network, que identifica as cabeças de pessoas nas imagens repartidas em várias partes, e estima o público total. O método tem erro percentual médio de 12% para mais ou para menos na contagem de público.
A manifestação se concentrou essencialmente em um quarteirão em frente ao Masp e contou com apenas um trio elétrico, onde parlamentares e lideranças religiosas discursaram.
A mesma metodologia foi usada para estimar em 32 mil pessoas o público presente no ato de apoio a Bolsonaro na mesma Avenida Paulista, em 7 de Setembro de 2022, a última grande manifestação em favor do ex-presidente que havia sido realizada no local. Ou seja, em pouco mais de um ano, houve uma redução de mais da metade do público cativo nesse tipo de ato.