Na noite dessa quinta-feira (8), peritos criminais, médicos legistas, odontolegistas, técnicos forenses e papiloscopistas, todos servidores da Perícia Oficial do Estado de Alagoas, decidiram em assembleia paralisar as atividades por 24 horas, contadas a partir das 7h da manhã desta sexta (9).
De acordo com o representante do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas (Sinpoal), Paulo Rogério Ferreira, o protesto é pela falta de diálogo com o Governo do Estado. “Se houve uma redução da criminalidade, a perícia criminal está envolvida em cada ação de segurança, mas até o momento não conseguimos abrir uma mesa de negociações”, afirma Paulo Rogério. Os servidores querem discutir valorização da categoria, seguindo o modelo adotado pelo governo do Estado para as demais carreiras da Segurança Pública do Estado. "Armas apreendidas, vestígios em local de crime, exames laboratoriais, exames em documentos, exames de DNA, exames em cadáveres, identificação humana, lesões corporais e exames em presos: todos os crimes do Estado passam pela perícia criminal”, explicou o representante do Sinpoal.
Com a paralisação, os IMLs de Maceió e Arapiraca deixam de realizar necropsias e exames de corpo de delito, inclusive em presos, mantendo o atendimento apenas de vítimas de estupro.
O Instituto de Criminalística vai funcionar com apenas uma equipe para cobrir todo Estado e os laboratórios não atenderão pedidos de urgência.
As atividades retornam na manhã deste sábado (10). A categoria agendou uma assembleia para a próxima semana, para discutir um indicativo de greve por tempo indeterminado.