
O ex-presidente Jair Bolsonaro — Foto: Cristiano Mariz
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), composta por cinco ministros, dará início nos próximos dias a um dos julgamentos mais aguardados dos últimos anos: o da trama golpista, em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) responde como réu, acusado de cinco crimes.
O colegiado é presidido pelo ministro Cristiano Zanin, que reservou os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro de 2025, das 9h às 12h, para sessões extraordinárias. Também haverá uma sessão no dia 12, das 14h às 19h, além das sessões ordinárias previstas para os dias 2 e 9 no período da tarde.
O primeiro voto será do relator, ministro Alexandre de Moraes, que é o próximo vice-presidente do STF e integrará a futura presidência da Corte ao lado do ministro Edson Fachin, em cerimônia prevista para o fim de setembro.
Na sequência, será a vez do ministro Flávio Dino apresentar seu voto. Indicado ao Supremo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dino já foi senador, governador do Maranhão e ministro da Justiça.
Depois, votará o ministro Luiz Fux, que nos últimos meses foi visto pelo núcleo bolsonarista como uma possível “esperança” para o ex-presidente, devido a posicionamentos em debates envolvendo a quantidade de depoimentos prestados pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, no âmbito de sua delação premiada à Polícia Federal. Fux foi indicado ao STF em 2011 pela então presidente Dilma Rousseff.
Por fim, a ministra Cármen Lúcia — a integrante mais antiga da Primeira Turma — dará seu voto. Nomeada por Lula em 2006, ela é uma das magistradas mais longevas da história do tribunal, atrás apenas do ministro Gilmar Mendes em tempo de atuação na atual composição.
O julgamento promete atrair atenção nacional e internacional, não apenas pelo peso político do réu, mas também pelo impacto que poderá ter sobre os rumos da democracia brasileira.
