Presidente do Equador decreta luto nacional e estado de emergência após assassinato de presidenciável

Por: Portal Rádio Sampaio com G1 e El Universo
 / Publicado em 10/08/2023

Fernando Villavicencio | Foto: Alfredo Cárdenas

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou três dias de luto nacional e estabeleceu um estado de emergência de 60 dias em todo o país, após o assassinato do presidenciável Fernando Villavicencio (59). Segundo informações do jornal equatoriano El Universo, Lasso também mobilizou as Forças Armadas em todo o território nacional.

“As investigações continuam e vamos aplicar todo o rigor da lei, para que os responsáveis materiais e intelectuais paguem com a pena máxima”, disse o presidente.

Segundo Lasso, depois do homicídio os responsáveis lançaram uma granada, com o objetivo de encobrir sua fuga, mas o artefato não detonou, vindo a ser destruído posteriormente, por meio de uma detonação controlada feita pela Polícia Nacional. Também ocorreu uma troca de tiros entre os suspeitos e os policiais que faziam a segurança de Villavicencio. O conflito resultou na morte de um dos envolvidos. Seis pessoas foram detidas depois do atentado e várias ficaram feridas.

“É um crime político que adquire caráter terrorista”, declarou o presidente.

O histórico de Villavicencio

Fernando Villavicencio era jornalista investigativo e chegou a revelar casos de corrupção envolvendo o ex-presidente equatoriano, Rafael Correa. Este chegou a ser acusado de crimes contra a humanidade, o que resultou na prisão de Fernando, em 2014. Na época, ele chegou a receber asilo político no Peru e disse estar sendo perseguido por Correa.

Durante seu exílio, Fernando continuou investigando casos de corrupção e um suposto prejuízo milionário sofrido pelo Equador, envolvendo a venda de petróleo para a China e a Tailândia.

O jornalista também é autor de 10 livros e deu origem a portais de notícias equatorianas. Entre 2021 e este ano, Villavicencio integrou a Assembleia Nacional do Equador, que foi dissolvida em maio deste ano por Guillermo Lasso. Segundo o G1, a ação ocorreu em meio a um julgamento político para destituir o atual presidente.

Com a dissolução da Assembleia, que supostamente visava por fim a uma crise política grave e comoção interna, as eleições gerais para presidente e vice-presidente foram antecipadas.

Outro atentado

Na madrugada de 3 de setembro de 2022, foram efetuados disparos de arma de fogo contra a residência de Fernando. Na ocasião, a esposa do jornalista ouviu os disparos e acionou a polícia de Quito.

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