Picanha encarece 15,6% em 12 meses e pressiona discurso de Lula

Por: Rádio Sampaio com CNN
 / Publicado em 09/05/2025

Foto: Mariane Rossi

Promessa simbólica da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, a picanha — citada em diversos discursos como símbolo de prosperidade e dignidade à mesa dos brasileiros — ficou 15,6% mais cara nos últimos 12 meses, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta, no entanto, não é isolada e reflete um cenário mais amplo de aumento no preço dos alimentos.

Outros cortes bovinos, inclusive mais populares, tiveram aumentos ainda maiores. O patinho subiu 24% no mesmo período, e o acém, tradicionalmente mais barato, teve alta de 25%. Esses reajustes vêm pressionando o orçamento das famílias e acirrando o debate sobre o custo de vida no país.

Diante da inflação dos alimentos, o governo federal anunciou em março um pacote de medidas que incluiu a isenção do imposto de importação para uma série de produtos. A medida, contudo, teve pouco efeito imediato, já que o Brasil é autossuficiente em alimentos como carne, café e açúcar — produtos que passaram a ter alíquota zero.

A atual aposta do governo para conter os preços está na supersafra agrícola esperada para este ano, além da valorização do real frente ao dólar, fatores que podem ajudar a reduzir o custo de commodities e aliviar a inflação dos alimentos.

Alternativas à carne vermelha também ficaram mais caras. Ovos de galinha registraram inflação de 16,7% em 12 meses, enquanto o frango subiu 9,2%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação oficial, teve alta de 0,43% em abril. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 5,53% — bem acima da meta central de 3,0% estabelecida pelo Banco Central, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Com a inflação persistente e o encarecimento de itens básicos, cresce a preocupação dentro do Palácio do Planalto com o impacto direto sobre a popularidade do presidente Lula. Em meio a críticas e cobranças, o governo busca acelerar medidas de alívio ao consumidor e reforçar o discurso de retomada do crescimento com inclusão social.

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