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Em uma tragédia que abalou a comunidade rural de Palmeira dos Índios, no Agreste alagoano, o jovem Felipe Pinheiro dos Santos, de 29 anos, tirou a própria vida na madrugada desta quinta-feira (27). O incidente ocorreu por volta de 1h23, nos fundos da residência onde morava com a mãe, no Sitio Bem-Te-Vi, zona rural do município. Felipe, que trabalhava como mototaxista cadastrado, deixou um filho de seis anos e uma família em luto profundo.
De acordo com o relato emocionado da mãe, dona Edneide, em entrevista exclusiva ao repórter Niraldo Correia, da Rádio Sampaio 94.5 FM, Felipe chegou em casa por volta da meia-noite, após um dia de trabalho, e dirigiu-se aos fundos da casa. Dona Edneide, pensando que ele ia ao banheiro, voltou a deitar-se. Pouco depois, por volta de 1 hora da manhã, Felipe enviou mensagens de despedida via WhatsApp: "Mãe, me perdoe, me desculpa por tudo que eu fiz com a senhora".
Alarmada, dona Edneide tentou ligar e responder, mas não obteve retorno. Ela saiu correndo com uma lanterna, procurando no mato atrás da casa. Foi sob um pé de mangueira que encontrou o filho já sem vida. O corpo foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta quinta-feira, e a família aguarda liberação para o sepultamento.
Felipe morava com a mãe após o término de um relacionamento recente. "Ele vivia com uma companheira, aí terminou. Estava separado há pouco, eu acho que está com dois meses", explicou dona Edneide. Ele tinha um filho de seis anos, que mora com a mãe e a avó no Mato Grosso, de um relacionamento anterior encerrado há anos. Felipe também tinha uma irmã de 22 anos.
O CVV, ou Centro de Valorização da Vida, é uma organização brasileira sem fins lucrativos, fundada em 1962, que tem como principal objetivo oferecer apoio emocional e agir na prevenção do suicídio.
Sendo assim, o CVV atua por meio de uma rede de voluntários treinados que estão disponíveis 24 horas por dia, todos os dias do ano, para ouvir e conversar com pessoas que estão passando por momentos difíceis.
Dessa forma, as pessoas que buscam ajuda podem entrar em contato com o CVV por telefone, por meio do número 188 (que funciona gratuitamente em todo o Brasil), pelo chat online disponível no site do CVV, ou pelo e-mail. O serviço é sigiloso, e o principal foco é oferecer um espaço de desabafo e apoio emocional.
Além do CVV, também é possível pedir ajuda para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ligando para o número 192. Entrar em contato com hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) também são alternativas viáveis.