
Jabson Andrade da Silva, de 56 anos, ficou preso mais de uma semana injustamente em SP — Foto: Arquivo Pessoal
Um erro de grafia em um mandado de prisão preventiva levou um eletricista inocente a ser preso injustamente por estupro, em São Paulo. O homem, que não tinha antecedentes criminais, foi confundido com um foragido da Justiça que possui nome semelhante, diferindo apenas por uma letra.
Segundo o G1, o mandado era destinado a outro homem, com nome idêntico ao do eletricista, mas com uma pequena variação ortográfica — o que bastou para que ele fosse apontado como suspeito. A vítima do erro foi detida em sua casa e permaneceu presa por aproximadamente cinco dias, até que a falha fosse reconhecida e sua liberdade fosse restituída.
O eletricista autônomo Jabson Andrade da Silva, de 56 anos, nasceu em Araci, Bahia, mas mora na capital paulista desde 1991. É casado há 33 anos e tem duas filhas. Não tem passagem pela polícia. Já Jabison Andrade da Silva foi denunciado pela ex-companheira por estuprar a enteada entre os anos de 2008 e 2015 em outra cidade baiana, Ubatã.
O caso, que ocorreu na capital paulista, evidencia fragilidades no sistema de identificação e execução de mandados judiciais. A defesa do eletricista destacou que o erro poderia ter sido evitado com uma checagem mais minuciosa dos dados, como filiação, CPF e histórico de endereço.
Após a constatação do engano, a Justiça revogou o mandado e determinou a soltura do homem, que agora busca reparação pelos danos causados.
O episódio gerou indignação e reacendeu o debate sobre a necessidade de aprimorar os mecanismos de verificação nas ordens de prisão, a fim de evitar que inocentes sejam penalizados por erros burocráticos.
