O adolescente de 16 anos que estava desaparecido desde a segunda-feira (27) foi encontrado morto, na madrugada desta quarta (29), na Lagoa Mundaú, no Vergel do Lago. O corpo da vítima - que foi sequestrada - apresentava ferimentos de arma branca e estava com o dedo e a orelha arrancados.
A reportagem da TV Gazeta conversou com a Polícia Militar (PM), no local. Segundo a guarnição, um pescador de sururu estava na lagoa, por volta das 2h, quando avistou o corpo, pensando se tratar de um animal morto. Ao se aproximar, observou o cadáver boiando e o retirou das águas com um pedaço de madeira.
A família de Luciano dos Santos Medeiros, de apenas 16 anos, dirigiu-se até a localidade e reconheceu o corpo, que, em seguida, foi periciado pelo Instituto de Criminalística (IC). Uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) também foi chamada ao local. Peritos do IC informaram à reportagem que, após os primeiros levantamentos, constataram que o corpo apresentava marcas de violência, tendo a vítima sofrido golpes de arma branca em uma ação de tortura, na qual foram arrancados dedo e orelha.
Os parentes do adolescente estavam bastante abalados, mas, mesmo assim, conversaram rapidamente com a TV Gazeta, alegando que Luciano era um bom rapaz e que desconhecem os motivos que levaram ao crime.
Entenda o caso
Familiares e amigos do menor, que está desaparecido desde a manhã de segunda, fizeram um protesto, ontem (28), na Avenida Assis Chateaubriand, no Jaraguá, em Maceió, para chamar a atenção da população e das autoridades para o sumiço. Os dois sentidos da via foram bloqueados e os manifestantes colocaram fogo em galhos e pneus. O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) foi acionado para conter as chamas.
De acordo com informações repassadas pela irmã do adolescente, Albânia Medeiros, de 21 anos, ele teria saído, junto com o cunhado, para vender cobre no mercado e, lá, os dois foram abordados por um grupo de homens, que colocou um pano preto na cabeça deles para que não enxergassem o que estava acontecendo.
Durante a investida criminosa, o cunhado foi liberado, mas Luciano desapareceu. Ele era usuário de drogas e havia postado uma foto nas redes sociais, fazendo com as mãos um gesto que simula uma arma de fogo.
A Delegacia-Geral de Polícia Civil (PC) designou os delegados Thiago Prado e Rodrigo Sarmento - em caráter especial - para investigar o desaparecimento do adolescente.