Foto: Reprodução/Instituto Butantan
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou nesta segunda-feira (3) que dois pacientes morreram em janeiro após complicações graves causadas por picadas de aranha-marrom em Alagoas. As vítimas estavam entre os cinco casos suspeitos registrados no estado entre agosto de 2024 e janeiro de 2025. Segundo a Secretaria, dois dos pacientes precisaram de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiram.
A espécie, cujo aparecimento não é comum na região, provoca um quadro grave de intoxicação, que pode incluir necrose na área afetada e complicações sistêmicas. Os casos foram registrados em Maceió e envolveram também um paciente de Pernambuco, atendido em Alagoas.
Segundo especialistas, a espécie não é agressiva e não consegue picar humanos. Os acidentes acontecem quando a pessoa espreme a aranha contra o corpo, assim ocorrendo a inoculação [introdução] da peçonha.
Diante do aumento das ocorrências, a Sesau reforça a necessidade de medidas preventivas para evitar o contato com animais peçonhentos. Manter quintais e jardins limpos, evitar acúmulo de lixo e não manipular buracos, pedras ou troncos são algumas das recomendações.
A superintendente de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da Sesau, Waldineia Silva, lembra que o estado possui 14 unidades com soro antiaracnídico disponíveis nas 10 Regiões de Saúde. “Caso aconteça algum acidente, a vítima deve procurar o serviço de saúde mais próximo imediatamente”, reforça.
Em 2024, Alagoas registrou um total de 15.904 acidentes com animais venenosos.
Ocorrências com animais peçonhentos em AL:
A Sesau emitiu uma nota de alerta para os municípios reforçarem a vigilância e garantirem a notificação imediata dos casos suspeitos ou confirmados. O órgão também orienta a população a buscar atendimento médico ao menor sinal de acidente, evitando complicações graves.