REUTERS/Mohammed Salem

A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu outro alerta claro sobre a deterioração da situação humanitária em Gaza e, na terça-feira (19), um porta-voz disse que o número de bebês à “beira da morte” por fome aguda está crescendo.

“O que os médicos e a equipe médica estão nos dizendo é, cada vez mais, eles estão vendo os efeitos da fome; eles estão vendo bebês recém-nascidos simplesmente morrendo porque eles (têm) muito baixo peso ao nascer”, disse a porta-voz da OMS, Dra. Margaret Harris.

Enquanto crianças e bebês estão entre os menos capazes de lidar com a fome crônica, a OMS diz que há um número crescente de gestantes perigosamente abaixo do peso.

“Isso é inteiramente feito pelo homem, tudo o que estamos vendo medicamente; este era um território onde o sistema de saúde funcionava bem”, disse Harris.

A OMS pretendia construir centros de estabilização emergencial de desnutrição em Gaza, mas o progresso foi dificultado pela falta de segurança.

Um centro foi estabelecido no sul de Gaza, e a OMS está tentando estabelecer um no norte de Gaza, “mas não podemos trazê-los à escala e às pessoas sem o acesso e a segurança. Portanto, não há resposta até que haja um cessar-fogo”, disse Harris.

Foto: Athima Tongloom/Getty Images

Na última quinta-feira (1°), a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, em inglês), que pertence à Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou que o Brasil poderá registrar aproximadamente 554 mil mortes por câncer em 2050. O número representa um aumento de 98,6% em relação aos 279 mil óbitos de 2022.

Segundo a Iarc, o Brasil também irá registrar 1,15 milhão de novos casos de câncer até 2050. A nível global, segundo a agência, o rápido crescimento da incidência de câncer está associada ao envelhecimento e ao crescimento da população, além da maior exposição a fatores de risco, como álcool, tabaco, obesidade e poluição do ar.

O levantamento foi feito junto a uma pesquisa sobre o financiamento de serviços oncológicos e cuidados paliativos, e mostra que há um desafio no mundo na luta contra o câncer. Ao todo, 115 países participaram da pesquisa, que se baseou em dados de 2022.

A agência também revelou que a projeção é de que o mundo tenha, em 2050, 35 milhões de novos casos de câncer.

Aedes aegypti — Foto: Raul Santana/Fundação Oswaldo Cruz/Divulgação

O Brasil lidera o número de casos de dengue no mundo, com 2,9 milhões registrados em 2023, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os casos são mais da metade dos 5 milhões registrados mundialmente. A organização chamou atenção, nesta sexta-feira (22), para a doença que tem se espalhado para países onde historicamente a doença não circulava.

Entre as razões para o aumento está a crise climática, que têm elevado a temperatura mundial e permitido que o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti sobreviva em ambiente onde antes isso não ocorria. O fenômeno El Niño de 2023 também acentuou os efeitos do aquecimento global das temperaturas e das alterações climáticas.

Em todo o mundo a OMS relatou mais de 5 milhões de infecções por dengue e 5 mil mortes pela doença. A maior parte, 80% desses casos, o equivalente a 4,1 milhões, foram notificados nas Américas, seguidas pelo Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental. Nas Américas, o Brasil concentra o maior número de casos, seguido por Peru e México. Os dados são referentes ao período de 1º de janeiro e 11 de dezembro.

Brasil

Do total de casos constatados no Brasil, 1.474, ou 0,05% do total são casos de dengue grave, também chamada de dengue hemorrágica. O país é o segundo na região com o maior número de casos mais graves, atrás apenas da Colômbia, com 1.504 casos.

Países anteriormente livres de dengue, como França, Itália e Espanha, reportaram casos de infecções originadas no país – a chamada transmissão autóctone – e não no estrangeiro. O mosquito Aedes aegypti é amplamente distribuído na Europa, onde é mais conhecido como mosquito tigre.

Mudanças climáticas

No Brasil, levantamento feito pela plataforma AdaptaBrasil, mostrou que as mudanças climáticas no Brasil podem levar à proliferação de vetores, como o mosquito Aedes aegypti e, em consequência, ao agravamento de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. A plataforma é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),

As projeções indicam também expansão da malária, leishmaniose tegumentar americana e leishmaniose visceral. O trabalho levou em conta as temperaturas máxima e mínima, a umidade relativa do ar e a precipitação acumulada para associar a ocorrência do vetor, que são os mosquitos transmissores das diferentes doenças em análise. A AdaptaBrasil avalia também a vulnerabilidade e a exposição da população a esses vetores.

A dengue é a infecção viral mais comum transmitida a humanos picados por mosquitos infectados. É encontrado principalmente em áreas urbanas em climas tropicais e subtropicais.

Os principais sintomas da dengue são febre alta, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

Para evitar a infestação de mosquitos, o Ministério da Saúde orienta que é necessário eliminar os criadouros, mantendo os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas, capas ou tampas. Medidas de proteção contra picadas também podem ajudar especialmente nas áreas de transmissão. O Aedes aegypti ataca principalmente durante o dia.

Vacina

Nesta quinta-feira (21), o Ministério da Saúde incorporou a vacina contra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.

Conhecida como Qdenga, a vacina não será disponibilizada em larga escala em um primeiro momento, mas será focada em público e regiões prioritárias. A incorporação do imunizante foi analisada e aprovada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec).

O Ministério da Saúde informou que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) trabalhará junto à Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) para definir a melhor estratégia de utilização do quantitativo disponível, como público-alvo e regiões com maior incidência da doença para aplicação das doses. A definição dessas estratégias deve ocorrer nas primeiras semanas de janeiro.

Em entrevista à Radioagência Nacional, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, enfatiza a importância da vacina para controlar a dengue no país. “A vacina, sem dúvida, junto com outras medidas, será importante instrumento para controle dessa doença”, disse.

Ele acrescenta que “a dengue é uma doença que impacta diretamente praticamente todo o território nacional, vem se expandindo em regiões onde a gente não tinha dengue e o controle do vetor do mosquito transmissor da doença têm sido insuficientes para que nos consigamos diminuir as taxas de infecção que só se alastram”.

Ministério da Saúde

Em nota, o ministério diz que está alerta e monitora constantemente o cenário da dengue no Brasil. Para apoiar estados e municípios nas ações de controle da dengue, a pasta repassou R$ 256 milhões para todo o país para reforçar o enfretamento da doença.

A pasta informa que instalou uma Sala Nacional de Arboviroses, espaço permanente para o monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência de dengue, chikungunya e Zika para preparar o Brasil em uma eventual alta de casos nos próximos meses. Com a medida, será possível direcionar melhor as ações de vigilância.

“O momento é de intensificar os esforços e as medidas de prevenção por parte de todos para reduzir a transmissão da doença. Para evitar o agravamento dos casos, a população deve buscar o serviço de saúde mais próximo ao apresentar os primeiros sintomas”, diz o texto, que ressalta ainda que cerca de 11,7 mil profissionais de saúde foram capacitados em 2023 para manejo clínico, vigilância e controle da dengue.

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